Anônima
Gustavo Abdalla

Acordei hoje de manhã
No meu quarto bagunçado
Não me lembro o que aconteceu
Nem de ter chegado
Procurei no fundo da memória
O que tinha acontecido
E vi flashes da noite passada
Que não faziam sentido
Reparei nos muitos copos
Uns pela metade, outros vazios
Uma garrafa de tequila
O ar ligado, fazia frio
Cartas de baralho no chão
E uma essência diferente
Em meio aquela confusão
Se fez notar de repente

Não sei de onde ela veio
Não me lembro o seu nome
Só sei que senti fome
Depois que a beijei
Sensação boa de amor e paz
Que nunca ninguém foi capaz
De me fazer sentir
Mas os momentos que passaram
E as lembranças que ficaram
Essas sim... Eu nunca mais vou esquecer

Procuro o seu cheiro
Que tomava o meu quarto
Sua pele seda leve
Fiquei enfeitiçado
E enquanto eu ando pela casa
Imagino o que faria
Se pudesse senti-la
Uma última vez

Não sei de onde ela veio
Não me lembro o seu nome
Só sei que senti fome
Depois que a beijei
Sensação boa de amor e paz
Que nunca ninguém foi capaz
De me fazer sentir
E os momentos que passaram
E as lembranças que ficaram
Serão sempre um motivo pra sorrir